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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
RELATÓRIO DE VIAGEM - TERRITÓRIO QUILOMBOLA GRAVATÁ - QUEBRA BATÉIA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
LIÇÕES DA TERRA
RELATÓRIO DE VIAGEM E PRESTAÇÃO DE
CONTAS DA VISITA À COMUNIDADE QUILOMBOLA:
GRAVATÁ / QUEBRA BATEIA
BÁRBARA SOUTO
MARIANA DRUMMOND
PAULO AZEVEDO
BELO HORIZONTE
JULHO DE 2011
BÁRBARA SOUTO
MARIANA DRUMMOND
PAULO AZEVEDO
RELATÓRIO DE VIAGEM E PRESTAÇÃO DE
CONTAS DA VISITA À COMUNIDADE QUILOMBOLA:
GRAVATÁ / QUEBRA BATEIA
PROFESSORES RESPONSÁVEIS:
PROF. CÉLIO DE PÁDUA,
PROFA. MYRIAM ALVARES,
PROF. RICARDO RIBEIRO.
BELO HORIZONTE
JULHO DE 2011
EPÍGRAFE
“(...) Quem
não tiver pecado que atire a primeira pedra (...)”
Jesus
“(...) Quem
não tem teto de vidro que atire a primeira pedra (...)”
Pitty
“E por que
reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que
está no teu olho?
Ou como
dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no
teu?
Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão.”
(Mateus 7:3-5)
“Fraternidade
na diversidade.”
Paulinho Legal
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2.
RELATÓRIO DE VIAGEM E DIAGNÓSTICO
3.
ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO APROFUNDADO
4.
DESLIGAMENTO COMPULSÓRIO
5.
RAZÕES – ALMIR SATER
6.
QUESTÕES JURÍDICAS A SEREM CONSIDERADAS
7.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
8.
ANEXOS
I.
RECIBOS DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS
1. INRODUÇÃO
Este
documento é parte do relatório de viagem de Paulo Azevedo a comunidade
Quilombola de Gravatá – Quebra Bateia. Mesmo contendo o nome de Bárbara Souto e
mariana Drummond, toda a construção é de Paulo Azevedo. O nome das duas
integrantes deste trabalho está constando, pois foram companheiras de viagem à
comunidade Quilombola. Toda responsabilidade dos dados contidos neste documento
é de Paulo Azevedo
2. RELATÓRIO DE VIAGEM E DIAGNÓSTICO
Este relatório não está 100% completo, pois, durante o diário de viagem
me atentei mais aos fatos, aos acontecimentos e não consegui muito guardar os
nomes das pessoas. A árvore genealógica, o grau de parentesco e os nomes dos
moradores da comunidade ficaram mais a cargo da Bárbara Souto e Mariana
Drummond. Quanto às imagens (fotos e vídeos) não estarão contidos neste
relatório porque já foi entregue em CD ao professor Ricardo Ribeiro. As imagens
entregues ao professor Ricardo foram referentes às imagens feitas pelo
integrante da equipe que foi para Gravatá, Paulo Azevedo, pode haver mais
imagens (fotos e vídeos) com as outras duas integrantes. Este relatório de
viagem é relativo aos dias 18 a 28 de agosto de 2011.
Antes da viagem decidimos comprar as passagens para ficarmos 10 dias na
comunidade, não sabíamos o que nos esperávamos e chegamos à conclusão que ficar
15 dias na casa de uma pessoa seria muito incomodo. A equipe que se formou
resolveu ir para o Vale do Jequitinhonha, na comunidade de Gravatá, ou Quebra
Bateia. A comunidade está localizada entre as cidades de Minas Novas e Chapada
do Norte. É uma comunidade Quilombola já reconhecida, por isso, uma comunidade
pacífica onde não existe tensão e nem conflito na luta pela terra.
Embarcamos para Minas Novas à noite e depois de nove horas de viagem
chegamos à rodoviária de Minas Novas, onde tomamos café, esperamos um pouco
para pegarmos outro ônibus que nos levaria à comunidade, estávamos acompanhados
por uma representante da Federação Quilombola e liderança da comunidade local,
ela é conhecida como Néia. A Néia estava sendo a nossa Guia, pagamos a passagem
sobre a orientação dela, até o ponto onde desceríamos. Chegando no ponto da
estrada, descemos, desembarcamos a bagagem e caminhamos pelo cerrado até a
comunidade de Gravatá, caminhada foi de mais ou menos 15 minutos.
Na comunidade fomos muito bem recebidos na casa da tia da Néia, a Dona
Zilda, fomos recebidos por outro café da manhã com bolo, café e biscoito e nos
assentamos ao redor da mesa para conversar de forma informal e nos conhecermos
melhor. O pessoal que ia para a comunidade de Córrego do Rocha estava com a
equipe que participei e que ia ficar na casa citada. Durante a conversa, Dona
Zilda, a dona da casa, mostrou bastante sabedoria quanto a doenças,
cronificação de doenças e ervas medicinais. Zilda também mostrou conhecimento
no saber conviver com algumas doenças com serenidade, já que não há cura. Em
nenhum momento mostrou ignorância sobre curas milagrosas de doenças.
Depois da recepção e uma breve apresentação fomos conduzidos para a casa
de uma moradora próxima, uma casa também simples, cuja Elizete era a dona.
Elizete estava lá com os dois filhos, uma criança e uma criancinha de colo. O
marido dela estava na migração e durante a visita ela nos ofereceu geléia de
mocotó, biscoito e café que aceitamos prontamente para não fazer desfeita. Após
a primeira visita fomos conhecer o centro da comunidade onde existe, de uma forma
rústica, a igreja, o telecentro e um espaço para os artesãos. Perto da igreja
tem a casa do Paulo, um ex-padre italiano que mora na comunidade. A casa do
Paulo estava vazia, porque o ex-padre estava em uma ajuda humanitária de
reconstrução do Haiti.
No que se convencionou chamar de centro da comunidade existem várias
pedras onde estão pintadas várias mensagens positivas para os moradores e
visitantes da comunidade ler. Em uma árvore existe um balanço de tábua e cordas
e outro com pneu e cordas. Também existem espalhados bancos de bambu para se
assentar e conversar ou namorar. Com o tempo a ficha foi caindo e fui entendo
onde eu estava,eu ficava pensando o tempo todo: “eu estou no semi-árido
mineiro”, “eu estou no agreste mineiro”. Era as imagens que já tinha visto na
televisão de uma forma mais dramática, mas para mim, era só alegria e pura
aventura.
Ainda no mesmo dia a Dona Zilda e Elizete estava
organizando uma festa de aniversário surpresa para a mãe da Néia que estava na
casa de dona Zilda, a festa foi muito simples e muito feliz ao mesmo tempo, a
mãe da Néia ficou emocionada, fez um discurso e nós levamos para ela de
presente, uma caixa de bombom. Elizete comemorou que era o primeiro bolo de
confeitaria que tinha feito. Além do bolo teve guaraná e suco de limão feito
com o limão da região. Quando voltamos para a casa de dona Zilda fomos tomar
banho, o banheiro fica do lado de fora da casa, é de fossa, pois não existe
rede de esgoto. No recinto que se convencionou chamar banheiro tem um vaso
sanitário, um chuveiro, uma pequena pia e um espelho. O chuveiro é Elétrico,
mas isto só foi possível depois do projeto Luz para Todos do Governo Federal,
na época do Lula.
Nas minhas observações percebi que a caixa de
água no exterior da casa, era uma casa de coleta de água da chuva. Na primeira
noite que fui dormir a cama era agradável e o ambiente da casa também. Era um
ambiente silencioso e bem tranqüilo para descansar do estresse da cidade
grande.
Ainda no mesmo dia, antes de dormir, mais
preciso na parte da tarde, encontramos vários moradores de comunidades
Quilombola da região, da cidade de Minas Novas e de chapada do Norte, parecia
uma festa de boas vindas com um comitê de boas vindas. No meu olhar quem
destacou mais foi o Sr. Olímpio que era um morador da cidade que tinha bastante
conhecimento da história das comunidades da região. Uma história muito
interessante que o seu Olímpio contou foi a história da igreja. Segundo seu
Olímpio, os negros e os mais pobres chegavam à missa bem na hora de início e
saiam rapidamente, pois não tinham roupa bonita para mostrar e se sentiam
constrangidos em relação aos ricos. Seu Olímpio disse que o avô dele construiu
um muro para os pobres esconderam as pernas e mostrarem apenas as blusas
bonitas e limpas durante a missa. Outra história interessante era quando a
comunidade se reunia ao redor de um rádio para escutar música e se informar.
Naquela época os rádios eram caros, grandes e de válvulas pesadas, hoje a
comunidade já tem a facilidade de acesso à internet. Segundo Olímpio hoje as
crianças sonham e sair da comunidade e fazer faculdade, antigamente nem sonhar
eles podiam ou sabiam. Com a chegada da luz hoje as casas tem aparelho de som,
DVD e televisão.
A migração enfraqueceu a roça, pois, as pessoas
queriam trabalhar fora para ganhar dinheiro e comprar casa na cidade. Tanto a
prefeitura de Minas Novas e Chapada são de partidos de direita. O ex-presidente
Lula do PT é amado na região. Além de existirem famílias que recebem o Bolsa
Família, já existe certa consciência da possibilidade de captar o dinheiro para
o Bolsa Família. Na gestão do ex presidente citado aconteceram as obras para a
construção de cisternas de captação de água da chuva, as famílias precisavam
fazer projetos para receber o dinheiro para construir as cisternas. Os
moradores ficavam responsáveis de fazer as obras e contratar os pedreiros e
pagar. Segundo dona Zilda o PRONAF (Programa de Agricultura Familiar) oferece
empréstimo a juros negativo assim que pessoas pedem o financiamento para algum
projeto na roça. No PRONAF, a carência para começar a pagar os empréstimos é de
dois anos. O dinheiro pode ser investido tanto na agricultura quanto na
pecuária. Só famílias que tem filhos
podem receber o Bolsa Família. O lixo da comunidade que não é orgânico é
incinerado e enterrado.
Como já dito, o programa Luz para Todos do
Governo Federal trouxe energia para a região, antes a comunidade vivia à base
de lamparinas de querosene. Segundo dona Zilda a Dilma só aperfeiçoou o Bolsa
Família. O governo da Dilma não trouxe nenhuma melhoria ainda.
Na casa de dona Zilda tem um alambique para
fazer desinfetante com extrato de eucalipto. Na região tem dois engenhos: um a
tração animal e um à motor elétrico. Nas terras da roça de Dona Zilda dá bucha,
limão e segundo ela o que dá mais na lavoura é milho.
Já no outro dia, acordamos mais tarde, tomamos
café e conversamos bastante com dona Zilda sobre as relações de parentesco que viveu
na comunidade e ainda vivem, fizemos o registro, na verdade, a Bárbara e a
Mariana fizeram este registro para desenhar a árvore genealógica.
Almoçamos um pouco mais tarde e depois descemos
para conhecer o engenho à motor de gasolina onde se faz a moagem da mandioca
para fazer farinha. Observamos o processo e vimos que primeiramente a mandioca
é moída, é lavada, vai para prensa, seca, a massa formada é moída novamente,
peneira e finalmente torra.
Os donos da casa fizeram garapa que foi feita na
hora. A garapa foi extraída de um engenho de tração animal, que no caso
funcionou por tração humana, pai e filho junto. Assim que a garapa estava
pronta fomos para a casa da família onde pudemos conversar com o casal dono da
casa.
O homem da casa trabalhou na emigração no corte
da cana e na colheita de café. Os filhos do casal já tinham ido morar na
cidade, mas ficaram com os netos para criar. A renda do casal vinha de
aposentadoria.
A cultura da roça é praticamente de
subsistência, pois não conseguem vender a produção. O homem da casa trouxe
mudas de café para plantar em sua roça, para consumo próprio. No terreno deles se
planta mandioca, feijão e cana. O feijão precisa ser completado com compra na
cidade, pois a quantidade que dá na roça não é suficiente. Existem pessoas na
comunidade que usam a cana que dá na região para fazer cachaça em alambiques.
Despedimos e fomos embora, no caminho passamos
em outra casa, onde a mulher da casa estava lavando roupa. A mulher nos
convidou para entrar e conversarmos. A conversa girou muito sobre o nível de
parentesco dos moradores da comunidade para fazer a genealogia. A impressão que
tive nas duas visitas é que os moradores sabem que vão receber visitas e
preparam uma espécie de “palco” para darem seus depoimentos. Voltamos para a casa de dona Zilda, tomamos banho e fomos
recebido com a surpresa de biscoitos feitos no forno e café. Não consegui
jantar e depois fomos dormir.
Na minha observação uma forma de fortalecer a
comunidade que está se esvaziando é criar focos de resistência. Como eles têm
direito à educação diferenciada, reivindicar esse direito para a comunidade,
pois a tradição é muito oral. Com a escola diferenciada, pessoas da própria
comunidade podem ser professores na escola. A comunidade está se esvaziando,
pois, os moradores das comunidades estão à busca de uma vida “melhor” em São
Paulo, no interior ou em Belo Horizonte.
A cronologia desse relatório está certa, mas é
que durante o relatório de viagem, fui perdendo a conta dos dias certos, pois,
ficava preocupado em registrar os fatos. Fomos à casa de dona Edith na parte da
tarde. Nesse dia a Mariana passou mal e ficou na casa de Dona Zilda. Além da
conversa sobre o grau de parentesco que a Bárbara registrou, tentamos entender
sobre a cultura das plantas medicinais.
Nesse dia, dona Edith estava passando mal de
crise de pressão alta, mas nos recebeu. Ela disse um pouco sobre as ervas
medicinais e que quase todas serviam para a mesma coisa como gripe, dor de
cabeça. E que se não fazem bem, não fazem mal. Ela mostrou pouco conhecimento,
mas nos passou alguns nomes de plantas: anador, tansage, hotelã, Arruda,
hortelã gordo, hortelã magro, erva cidreira, folha de chuchu. Segundo dona
Edith essas plantas servem para fazer chás medicinais para serem usados. Do
pouco que ela sabia diferenciar ela nos disse que tansage é bom como antiinflamatório
e que folha de chuchu é bom para baixar pressão.
Não satisfeito com as explicações de dona Edith,
conversei com dona Zilda sobre plantas medicinais e ela conseguiu classificar
as plantas em categorias de quais doenças eram usadas e como eram usadas para
fazer remédios. Com a explicação de dona Zilda, detectei uma oportunidade do
projeto Lições da Terra fazer parceria com alunos do curso de farmácia para
esse conhecimento se tornasse remédio natural que poderia ser usado para ser
comercializado. Já existe esse tipo de colaboração em outros tipos de
comunidades que tem o conhecimento da medicina natural. No caso é só aprender a
como em transformar em remédio para ser comercializado. Dona Zilda me passou
seu conhecimento e registrei, tirei poucas fotos, das plantas que ela me
mostrou, pois achava que por ser uma viagem de diagnóstico, eu deveria apenas
detectar o conhecimento que tinham para levar à coordenação do projeto. Eles
tem o conhecimento e tem as plantas para mostrar. O conhecimento foi o
seguinte.
·
Plantas
para gripe, sinusite, bronquite para ser tomado em forma de chá.
·
Guaco, folha de eucalípito, essência de
eucalípito, sabugueiro (folha e flor), anador, novalgina, limão em quatro
partes no chá, banha de galinha caipira no chá, adoçar com mel.
·
Depuração
do sangue, coração, veia arterial.
·
Pata de vaca, alecrim, panacéia, alfazema,
chapéu de couro, transage, espinheira santa.
·
Diabete.
·
Insulina, carqueja, baba de timão.
·
Queimadura.
·
Arruda do mato, baba de timão, saboneteira.
·
Intestino.
·
Boldo, musgo.
·
Calmante.
·
Camomila.
·
Queda de
cabelo.
·
Meloso, carqueja.
·
Frieira.
·
Folha de mamona quente.
·
Verme
·
Jalapinha, semente de abóbora, semente de
melancia, semente de mamão, mentraço (erva de santa Maria), hortelã. Juntar
tudo e fazer um melado ou rapadura ou açúcar mascavo.
·
Pedra na
Visícula
·
Caninha, Chapéu de couro, canafista, quebra
pedra.
Já no dia seguinte fomos visitar onde se faz
rapadura, acompanhamos todo o processo. Desde o corte de cana, a moenda da cana
para fazer a garapa, a fabricação do melado, o resfriamento e o colocar na
forma. No processo de melado até a massa dar liga, o Deusdeth, que estava
trabalhando no local com sua família,
molhava mão e pegava o melado com os dedos para ver a liga da massa.
Aprendemos também que rapadura com amendoim vira pé de moleque. Nas conversas
durante a fabricação do melado, ficamos sabendo que no clima seco é difícil
alimentar o gado leiteiro e que o Governo federal tem um programa de
distribuição de leite para crianças, aposentado e hipertenso.
Também nas conversas enquanto se fazia o melado,
ficamos sabendo que a imprensa local é coligada com a prefeitura da cidade e
não é possível as comunidades quilombolas usar a imprensa local para denunciar
omissão e abusos do poder público. Deusdeth contou que uma vez escreveu uma
carta para denunciar a falta de transporte escolar. Ele levou na rádio e o
locutor falou que não podia ler a carta por ser amigo do prefeito. O poder
público local é omisso, mas quando as comunidades quilombolas locais conquistam
algo, os políticos locais querem fazer fama em cima das conquistas. Como dizia
dona Zilda: depois que a galinha tá morta, todo mundo quer comer. A cultura da
comunidade quilombola é pacífica e os empresários e políticos abusam da boa fé
das pessoas das comunidades.
Também ainda segundo Deusdeth, é possível
acumular água para atravessar a seca, desde que os açudes, que eles chamam de
represa, seja feito em terreno argiloso e tenha mais de 4 metros de fundura. Um
empresário de cerâmica fez um contrato para retirar barro do terreno de um
morador da comunidade e em troca deixaria a represa para acumular água, que o
morador queria usar para criar peixe. O empresário foi lá tirou o barro e
deixou a represa com menos de dois metros de profundidade, pois se fosse deixar
os quatro metros teria que remexer as pedras e o interesse dele era só o barro
para fazer telha e vender. A moral da história é que o empresário ganhou barro
de graça e a comunidade não foi beneficiada.
As represas só podem ser feitas em terrenos
argilosos e não em terreno arenoso para a água não descer para o subsolo.
Segundo Deusdeth a terra da comunidade é boa e
dá para fazer irrigação se tiver barragens de captação de água. O grande
problema para fazer barragens é pagar o aluguel das máquinas. As maquinas
cobram por hora. A prefeitura tem máquinas, mas, não empresta à comunidade.
Na comunidade quando alguém passa mal, chama-se
a ambulância pelo celular, mas a comunidade acha que deveria ter um posto de
saúde no local, mas seria um posto de saúde para poucos moradores, não sei se o
poder público iria concordar. A comunidade não tem cemitério e o carro
funerário vem buscar os falecidos para enterrar no cemitério da cidade e também
para dar baixa nos documentos.
Não existe rede de esgoto e as fossas
construídas duram muitos anos. São buracos revestidos com tijolo. Quando a vida
útil das fossas acaba, as fossas são tampadas com tijolo e isoladas. Outra
fossa é construída.
Segundo os moradores da comunidade lá não tem
violência, não tem roubos e nem assassinatos. Já teve época que tinha luta
corporal. Os moradores precisam de uma acessória técnica para vencer as
dificuldades naturais que certas culturas enfrentam e não se desenvolvem. Se os
moradores tivessem uma acessória técnica, aprenderiam a vencer as dificuldades
que certas culturas encontram no clima e na terra da região. Também aprenderiam
combater pragas com uso de técnicas que não usam pesticidas químicos.
No sábado pela manhã caminhamos até a estrada e
pegamos o ônibus para ir para Chapada do Norte, na casa de Néia. Conhecemos o
mercado da cidade e conseguimos um texto com a história da cidade com um
“louco” da cidade chamado Zé. O Zé se reconhecia como guia turístico da cidade,
ele nos mostrou a igreja, e realmente ele entendia, só não cobrava. Eu
perguntei para ele qual era o preço ele me falou que era quando eu quisesse
pagar, eu dei a ele R$ 1,00. Na casa do Zé tinha aparelho de xeros, onde
conseguimos fazer a apostila com a história da cidade.
Depois do almoço encontramos com o
seu Olimpio que abriu a igreja do Rosário e nos mostrou. Descobri que Nossa
Senhora do Rosário é branca. A Santa Ana é negra. Na comunidade tem a festa de
Sant’Anna em homenagem a moradora mais antiga que se chamava Ana.
Segundo a história contada por seu
Olímpio a Santa Ana foi considerada santa por ter salvo um convento em chamas.
A Nossa Senhora do Rosário era uma pregadora católica da Europa que era
missionária na África.
A igreja do Rosário, mesmo tendo uma
arquitetura barroca, tem um aspecto mais rústico, se comparada com a
arquitetura barroca de Ouro Preto.
Seu Olímpio conta que adquiriu muito
conhecimento sobre a cultura da região PR gostar de histórias. Ele procurava os
mais velhos e pedia para contar as histórias. Segundo ele não foi muito fácil,
pois algumas pessoas precisavam ser muito aduladas para contar as histórias.
Mesmo com todo o interesse, algumas pessoas que ele procurava não contavam as
histórias, pois falavam que iam morrer com aqueles ‘segredos’, pois, não se
sentiam obrigados passar para frente o que sabiam.
A igreja do Rosário foi restaurada e
a madeira foi tratada para tirar os cupins. No processo de restauração, as
pinturas do altar foram resgatadas para se encontrar a pintura original, a
primeira pintura. Aprendemos que o Vale do Jequitinhonha não é mais o vale da
miséria e nem da fome. Os políticos fazem do Vale do Jequitinhonha um curral
eleitoral, de forma oportunista, para angariar votos.
As questões de familiares, além dos
consangüíneos, existem os compadres e as comadres. Compadre ou comadre são os
padrinhos dos filhos de outros compadres ou comadres. Além dessa forma, existem
outras formas de se fazer vínculos de parentescos. Numa festa, ao se pular a
fogueira, e se falar para a pessoa do outro lado da fogueira que serão
compadres ou comadres até o resto da vida, cria esta relação de parentesco. Na
verdade, o clima de cordialidade na cidade se cria a partir dessa relçações,
quase todos são compadres ou comadres de todos.
As pessoas da região, muitas delas
tomam remédios para doença de chagas, que segundo os moradores, foi contraído
na infância, quando as casas eram de pau a pique. O adobe são tijolos de barro
feitos pelos moradores da comunidade, porém é um tijolo que não vai para o
forno para ganhar dureza. As casas de adobe permitem maior facilidade de tratar
e dar acabamento. As casas de adobe e de pau a pique precisam ter gente morando
constantemente, pois precisam de constante manutenção e escoras para não cair.
As casas abandonadas acabam se desmanchando.
No sábado e domingo que estivemos na
cidade fomos ao ensaio do grupo de teatro, tanto para assistir, quanto para
compartilhar conhecimentos. Compartilhamos a idéia da diversidade cultural, a
questão de não existir culturas superiores e nem inferiores, apenas culturas
diferentes que precisam aprender se respeitar para construir a paz. Tentamos
compartilhar conhecimentos em uma aula de teatro, mas não deu muito certo. Tudo
bem faz parte do processo.
Na segunda-feira, na parte da noite,
fizemos a oficina na capela da comunidade. Conseguimos fazer o mapa, a linha do
tempo e identificar a necessidade, de acordo com o ponto de vista dos
moradores. Depois da oficina comprei de presente para o Deusdeth uma garrafa de
cachaça, da própria associação deles, tomamos uma dose juntos.
Na terça-feira a Bárbara foi embora
e ajudamo-la a carregar a passagem até o ponto de ônibus na estrada. Na
terça-feira à tarde a mariana foi para Córrego do Rocha e também a ajudei a
carregar as bagagens até o ponto do ônibus. Mariana e outros membros iriam
voltar para a comunidade de Gravatá para a festa do Rosário.
Antes de irmos embora, fizemos uma reunião e
decidimos dar R$ 30,00 para dona Zilda para ajudar na conta de luz. No início,
dona Zilda não quis aceitar, mas pedimos para ela aceitar, pois, no momento era
a única coisa que tínhamos para oferecer.
Quando eu e dona Zilda fomos levar a Mariana
para pegar o ônibus, passamos na venda do Zé Carvalho, onde percebemos que
tinha internet e os filhos dele brincavam na fazendinha do Orkut. Segundo
informações que obtivemos, o Zé Carvalho pagou por conta própria para por luz
em seu terreno e para por internet. Zé Carvalho tem um automóvel e ostentava certo
status com duas pulseiras de ouro em cada braço.
No território do Zé carvalho tinha a cultura de
eucalipto que iria ser vendido para a indústria de celulose que fabrica papel.
Na quarta-feira, dia em que eu ia embora comprei
com dona Zilda duas cachaças e um mel para trazer e presentear meus familiares.
Depois comprei mais uma cachaça para deixar na festa do Rosário para os outros
companheiros de viagem curtir. Antes de sair deixei mais R$ 10,00 PARA DONA
Zilda comprar uma bainha para o facão dela e o meu chapéu camuflado, que usei
lá, deixei para o filho da Cida, que participa das oficinas de teatro da Néia.
Às 17:30 horas dona Zilda foi comigo até a estrada
para pegar o ônibus para Minas Novas, onde iria pegar o segundo ônibus da
Pássaro Verde para Belo Horizonte.
3. ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO APROFUNDADO
Dentro do ponto de vista de um profissional da
comunicação que sou e militante político de algumas frentes, analisei a
comunidade dentro dos dias que estive lá do ponto de vista cultural e
econômico.
Quanto ao ponto de vista cultural, acredito que
a televisão exerce forte influência nos jovens, que estão, não só indo para
migração, estão deixando a região em nome do sonho americano de bem estar. Os
jovens têm pouca auto-estima quanto a própria cultura. Se conseguirem aprender
amar sua cultura e acreditarem que podem viver com qualidade de vida, com os
incentivos do ministério da cultura, reatarão os laços com sua cultura ao mesmo
tempo em que obterão recursos econômicos que reforçará o orgulho pela própria
cultura. É uma questão de aprender a viver da própria cultura.
Quanto ao ponto de vista econômico, não existe
um pensamento de acumulação de capital, mas tem produtos de subsistência que
usam para consumo próprio e às vezes, quando conseguem, comercializam. Talvez,
tanto nos produtos que tem, como garapa, rapadura, flor que faz sabão, medicina
natural e outros a serem catalogados, poderiam, continuando na lógica de
valorizar os produtos artesanais e naturais, aprenderem a por um pouco de
estética e aprimorar os processos para conseguirem comercializar no sentido de
terem recursos para melhorar a qualidade de vida. Isso com a ajuda de
universitários multidisciplinar que poderiam fazer a construção do processo.
Na questão do saneamento percebi que as fossas
são bastante eficientes e duram muito tempo, estou convencido que a preservação
da natureza no local é muito importante e a questão do saneamento está muito
ligada a centralização do poder. Com a ajuda de novas tecnologias de
reaproveitamento d dejetos para produzir energia e adubos, as fossas
bio-digestoras tornariam os custos da produção, que se forem implantadas, mais
baratos, sem a lógica do lucro, mas na lógica de aperfeiçoar os gastos e
respeitar o meio ambiente.
Na questão política, como não tem forças para
enfrentar o poder local, as associações deveriam se unir para entenderem a
força do voto para pressionar os políticos locais trazer melhorias para região.
Para enfrentar os meios de comunicação local,
desenvolver meios de comunicação alternativos, como jornal quilombola impresso,
rádio comunitária das comunidades ou rádios auto-falantes. Isso promoveria,
respeitando a diversidade das comunidades, a integração das várias comunidades
e da cultura quilombola local, quanto ao exercício do poder e reivindicação de
direitos das comunidades. Desenvolver as bases quanto à consciência política
para num espírito de reivindicação de direitos diminuírem os abusos de poder
dos partidos de direita local. A comunicação local ajudaria a desenvolver um
espírito de resistência que fortaleceria o movimento quilombola local quanto à
luta política. Seria uma arma a mais para enfrentar o abuso político.
Quanto à agricultura e pecuária, ter acesso ao
PRONAF, porém com assessoria da EMATER, para entenderem melhor o manejo das
culturas e estimular o resgate dos laços com a terra.
A cultura assistencialista faz parte da região,
muitas comunidades preferem receber cestas básicas à aprender a produzir, isso
fortalece a exploração política. Talvez estimular o resgate aos laços com a
terra e tornar produtos a cultura deles, tanto na comida, quanto nas músicas e
teatro, que poderiam virar CD. O Ministério da Cultura tem como ajudar e já tem
os recursos, só precisa estimular a auto-estima das comunidades e o aprendizado
quanto a direitos e deveres políticos e o preenchimento de editais nos
ministérios.
Quanto à escola diferenciada, se é um direito,
reivindicar, pois estimularia a ocupação no local, já que próprios membros da
comunidade seriam remunerados pelo governo para dar continuidade ao aprendizado
e ao ensino da cultura quilombola.
O telecentro possui computadores funcionando que
no momento são usados para aprender digitação e jogos. A comunidade é pequena e
as empresas de internet não fariam grandes investimentos de cabeamento na
comunidade em troca de modestas mensalidades. Para a internet da comunidade a
funcionar, é possível encontrar soluções como o uso de internet à rádio que
barateia o custo coletivo ou ter acesso aos programas de inclusão digital do
Governo Federal que permite o acesso gratuito ou a baixo custo a internet banda
larga. Tentar levar para a comunidade o projeto de inclusão digital, que além
dos equipamentos, levam oficinas de reciclagem e instrutores que ajudam os
moradores da região aprenderem a lidar melhor com a tecnologia da internet e
softwares livres.
4. DESLIGAMENTO COMPULSÓRIO
Quanto ao projeto Lições da Terra participo a
dois semestres e só no segundo semestre que participei me senti maduro a
viajar. No segundo semestre que participei do estágio de vivencia, participei
de todos os encontros, com exceto um que estava adoentado. Tudo isso pode ser
comprovado na lista de presença do projeto e nos emails de convocação que
recebi e estão arquivados.
Sempre participei com interesse e curiosidade de
uma forma bem participativa e integradora, com perguntas e questionamento.
Quando fui escolher a comunidade não sabia para onde ir e no dia escolhi a
comunidade de Gravatá, devido, ao meu ponto de vista, a liderança estar bem
esclarecida quanto as necessidades da comunidade.
Ante de viajar participei do que o professor
Ricardo chamou de intensivão, fui comprar as passagens, que segundo o meu grupo
de viagem, eu fui o responsável e ainda peguei parte do dinheiro que o CEDEFES
doou para os gastos com fretamento lá na região, além de administrar o dinheiro
e a prestação de contas do grupo que participei.
Tudo que foi combinado antes eu cumpri: levei os
alimentos a serem compartilhados, observei, fiz o relatório e tudo mais.
Quando voltamos teve uma reunião, devido a uma
reclamação da liderança local, de fatos que aconteceram depois que eu já tinha
ido embora. Os dois grupos conversaram com professor Ricardo e a professora
Míriam e eu no intuito de ser honesto, me assumi bipolar e fui desligado do
projeto.
Em nenhum momento manifestei o meu transtorno,
mas também ninguém percebeu, não por que finjo bem, e sim porque sou uma pessoa
consciente, estudo, trabalho e cumpro meus deveres de cidadão.
Antes de viajar, na lista de coisa a levar,
tinha levar remédios. Eu entendi que como ninguém é perfeito, eu iria levar
meus remédios para transtorno bipolar e asma, da mesma forma que outros
poderiam levar seus remédios para alergia, diabetes, pressão alta. Da mesma
forma que o ex-deputado Ulisses Guimarães, portador de transtorno bipolar,
trouxe grandes contribuições para o país, tomando regularmente seus remédios.
Fui excluído do projeto, de uma forma
inquisitória, que feriu bastante meu auto-respeito, minha dignidade e minha
honra de ser humano e cidadão de direitos e deveres.
Numa sociedade laica onde é permitida liberdade
religiosa e a diversidade cultural, fui desligado de um projeto de extensão
universitária, como um negro é segregado num regime de apartheid; como um homossexual
é assassinado por extremistas homofóbicos.
Como julgamento bastou a palavra de um professor
que optou pela regra mais simplista: não podemos correr riscos. Um pessoa que
vai sofrer uma sansão precisa de no mínimo um julgamento baseado nas leis dos
direitos humanos, na lógica do respeito à diversidade e da não centralização do
poder para as decisões serem mais justas. Não tive nada disso. Tá certo que o
professore devem ter certa autoridade respeitada, mas quando essa autoridade
pode ser contestada por abuso ou omissão, é necessária uma instância mais capaz
para julgar, com direito de defesa ao réu.
5. RAZÕES – ALMIR SATER
Como não
acredito como justo a decisão da equipe coordenadora do Lições da Terra, apenas
baseados em lógica preconceituosas e segregadoras. Vou deixar aqui a letra da
música do Grande cantor e compositor Almir Sater. Preciso me defender, pois
como o argumento usado pelo professor Ricardo foi: não podemos correr riscos.
Quanto a riscos, nem os mais precavidos conseguem se livrar deles. Quando
aconteceram as enchentes no sul do País, casa de pessoas de alto poder
aquisitivo, equipadas com alarmes de proteção e sistemas de circuito fechado de
Tv, nunca forma invadidas por ladrões, mas, mas mesmo assim a fúria da natureza
destruiu.
Uma equipe olímpica, mesmo que tenha muita chance para vencer uma
competição, pode sofrer um acidente no caminho e todos os atletas morrerem.
Um jogo de futebol, um time favorito pode perder e dar o que chamam
ZEBRA.
Então acredito que estas palavras do professor Ricardo são meras balelas
e um simples desculpa rapidamente pensada para dar para qualquer um.
Felismente voltamos, não aconteceu nenhum acidente, ninguém morreu,
administrei bem o dinheiro e ainda prestei as contas do meu grupo. Só não
consegui provar que sou um ser humano imperfeito como todos e que tem
sentimentos.
Aí vai a letra:
Razões – Almir Sater
Conte comigo meu amigo
Se for pra te dar a mão
Mas se for pra correr perigo
Que seja boa a razão
Se for pra te dar a mão
Mas se for pra correr perigo
Que seja boa a razão
Conte comigo que eu brigo
Se for esta a condição
Se for esta a condição
Para que a gente realize então
Aquela velha mas sincera ambição
Aquela velha mas sincera ambição
Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão
Escute amigo um aviso
Que eu te dou por precaução
Fui educado à antiga
E prezo ter reputação
Mas conte comigo
Eu te sigo ao chegar
A decisão
Que eu te dou por precaução
Fui educado à antiga
E prezo ter reputação
Mas conte comigo
Eu te sigo ao chegar
A decisão
E não aceito recompensa
Se a gente faz o que pensa
Não quer remuneração
E a gente vai realizar
Pois não, aquela velha
Mas sincera ambição
Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão
Se a gente faz o que pensa
Não quer remuneração
E a gente vai realizar
Pois não, aquela velha
Mas sincera ambição
Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão
A letra deste grande artista diz tudo para mim. Sem mais palavras.
6. QUESTÕE JURÍDICAS A SEREM CONSIDERADAS
A PROEX
A PUC Minas tem
como finalidade contribuir para a formação científica e cidadã de alunos,
professores, funcionários e comunidade em geral. Assim, o conhecimento
desenvolvido em seus cursos deve ser para além dos muros da Universidade,
promovendo um diálogo de saberes: acadêmico e comunidades atendidas.
A Extensão Universitária, como atividade-fim integrada
ao Ensino e à Pesquisa, é um dos lugares de exercício da função social da PUC Minas.
Ao possibilitar a articulação da academia com a sociedade, trabalha em prol da promoção da cidadania, da
inclusão e do desenvolvimento social. Isso se reflete na formação cidadã e
humanista discente e docente, na perspectiva de desenvolvimento integral do ser humano, missão
primeira da Universidade.
A imagem acima é
do site da Puc, a página é da PROEX (Pré Reitoria de Extensão e Pesquisa)
mostrando o papel da universidade católica de Minas Gerais quanto ao tripé:
ensino, extensão e pesquisa de acorde com critérios estabelecidos pelo MEC.
Como fui de encontro ao projeto por uma chamada da rádio Itatiaia, não estava
recebendo favor algum, estava sendo beneficiado, devido a uma obrigação de
contra partida para com a sociedade por parte desta instituição de ensino que
deveria ser filantrópica.
Quanto ser uma instituição de
ensino ligado à religião católica, não respeita os aconselhamentos do ex-papa
João Paulo II, conhecido como papa missionário que pregava a tolerância
religiosa como finalidade de alcançar o respeito entre os povos e alcançar a
paz. Lembrando que a tolerância religiosa é uma das vertentes do respeito à
diversidade cultural, que prega a inclusão social, como forma de dar direito à
vida e à cidadania a toda forma de exclusão. Uma instituição que é a favor da
vida, contra o aborto, não pode ser a favor da exclusão social. O discurso tem
que ser sim, sim, não, não. Tem que sair de cima do muro.
Mas para que lutar, religião e
poder, no mundo de hoje são quase a mesma coisa e porque prejudicar um bipolar?
Deixa prá lá, não é mesmo, afinal já dizia Santo Agostinho (se não me engano)
os justos pagam pelos pecadores.
7. PRESTAÇÃO DE CONTAS
Antes de viajar, fui com a professora Miriam
comprar as passagens do meu grupo e sai da rodoviária com as passagens de ida e
volta compradas, no total de 5 passagens, pois a Bárbara iria para a sua terra
e não voltaria para Belo Horizonte. Chegando lá a Mariana trocou a passagem
para ficar mais tempo e prestou conta da passagem com outro grupo.
Quanto ao dinheiro, recebi da professora Miriam
R$ 100, 00 e passei R$ 20, 00 par o Warley do outro grupo que assinou o recibo
do dinheiro. Ao todo era R$ 80 para cada grupo. Antes de voltar, depois de ter
administrado o dinheiro do grupo e as passagens, passei R$ 50, 00 para a
Mariana, para ela e o outro grupo arcar com despesas de transporte pelos dias a
mais que iriam ficar.
O dinheiro que foi gasto apenas com passagens
internas entre a comunidade e os municípios de chapada do Norte e Minas Novas.
Por questão de organização, colei os bilhetes em uma folha A4 e fiz a e depois
digitalizei a imagem dos bilhetes. Fiquei com os originais, para ter uma prova
concreta junto com meu advogado e com a justiça que tive um vínculo saudável
com o projeto.
Ao todo tem quatro passagens da Pássaro Verde,
passagens Belo Horizonte Minas Novas e Minas Novas Belo Horizonte. O resto
foram bilhetes de deslocamento local pela empresa Rio Doce. O total gasto foi
de R$ 33,90.
Os custos ficaram divididos da seguinte maneira:
R$ 2,95
|
R4 2,95
|
R$ 2,95
|
R$ 2,75
|
R$ 2,75
|
R$ 2,95
|
R$ 2,75
|
R$ 2,75
|
R$ 2,75
|
R$ 2,75
|
R$ 5,60
|
R$ 33,90
|
8. ANEXOS
I.
RECIBOS DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS
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REGRAS DO CHAT
Não fazer flood.
Não falar palavrão.
Não falar coisa imprópias para menores de 18 anos
Não fazer publicidade
DIVIRTA-SE
Não falar palavrão.
Não falar coisa imprópias para menores de 18 anos
Não fazer publicidade
DIVIRTA-SE
EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O SUS é Legal !!!
Cartãozinho Legalzinho
PAULINHO LEGAL
COLAÇÃO DE GRAU
FORMATURA
FORMATURA JORNALISMO
ÁLBUM JORNALISMO
PAPIS E MAMIS
SALVE OXALÁ
AOS "AMIGOS"
É Sugerida as Boas Vindas a este Espaço Virtual Somente às Pessoas de Boa Índole. Pessoas do Mal e que NÃO Valorizam a Consciência, podem visitar, pois aqui é um Espaço Democrático de Reflexões sobre a Realidade. Este ambiente foi Desenvolvido para Fomentar a Reflexão e não a Fofoca.
Obrigado pela compreensão!
"Esta Casa tem Quatro Cantos, cada Canto tem uma Flor, nesta Casa NÃO entra a Maldade, nesta Casa só entra o Amor"
SARAVÁ !!! - Paulinho Maluco
SALVE OXALÁ !!!
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