FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE BELO HORIZONTE – CAMPUS PRADO

8º PERÍODO DE JORNALISMO – MANHÃ

TÉCNICAS DE ENTREVISTA JORNALÍSTICA

PROFESSORA: TELMA JOHNSON

ALUNO: PAULO AZEVEDO

MATÉRIA – 27/09/2011.

A GREVE DA EDUCAÇÃO EM MINAS

EDUCADORES MINEIROS INSISTEM NA LUTA PELO PISO NACIONAL MESMO SEM O APOIO DO JUDICIÁRIO ESTADUAL.

Em Minas Gerais, a greve dos professores que reivindicam o piso mínimo estabelecido pelo governo federal, durou 111 dias. Em 2008, o então presidente da república em exercício, Lula, fixou o piso mínimo para os professores brasileiros de R$ 1.187,00. Este valor seria apenas o vencimento, sem o acréscimo de vantagens por tempo de serviço e outras conquistas. Diante dos conflitos causados, o STF reafirmou o piso para o professorado como constitucional.

Paulo Henrique, da diretoria colegiada do Sind-Ute/MG, disse que a greve é constitucional e que a categoria continuará traçando estratégias de luta em assembleias para que a lei seja cumprida. Segundo ele, nenhum governador pode se dar o direito de descumprir uma lei federal. Em seu depoimento ao jornal, Paulo afirmou que o ano letivo não precisa coincidir com o ano civil e que se os alunos perderem o ano letivo a responsabilidade será da intransigência do governo do estado. O que o Sind-Ute/MG é a aplicação do piso mínimo estabelecido em lei, sem perder a carreira conquistada à duras penas. O governo considera piso, o vencimento básico, junto com as gratificações da carreira, que segundo Paulo Henrique é inconstitucional.

Em nota, a assessoria de comunicação da secretaria de educação do estado manifestou que remunera os professores acima do estabelecido pela lei federal e que os educadores podem escolher pelo plano de carreira ou pelo modelo subsídio.

No plano de carreira o valor é maior, se somar todos os benefícios da carreira e no plano subsídio o valor é maior que o piso nacional, se perder todas as vantagens conquistadas na carreira.

Apesar de o sindicato considerar a greve ilegal, depois de 111 dias de paralização e condenar a sind-Ute/MG a pagar multa caso descumpra a determinação do judiciário mineiro, a luta ganhou mais força. Professores que não estavam para lizados resolveram parar suas atividades em solidariedade aos companheiros, a OAB entrou na briga para contestar a arbitrariedade do judiciário mineiro e o SInd-Ute/Mg recorreu ao STF para garantir o direito constitucional à greve e para que a lei do piso mínimo seja cumprida pelo estado.

Para intensificar a greve, os manifestantes organizaram um TWITAÇO, para levar mensagens ao STF sobre o descumprimento da lei em Minas Gerais e dois professores estão fazendo greve de fome na porta da Assembleia Legislativa até que o governo reabra as negociações. Agora é aguardar para ver o desfecho dessa história.